Não há sentença em nenhuma das ações penais, que ainda tramitam no primeiro grau. Mas, na esfera cível, uma condenação pode atrapalhar os planos do tucano em um possível retorno ao jogo eleitoral. Em 2018, quando Beto Richa se candidatou a uma cadeira ao Senado, já pesava contra ele uma condenação ligada a uma viagem internacional feita no comando do governo estadual.
Em 2015, a comitiva do então governador do Paraná tinha compromissos oficiais na China e na Rússia, mas, antes, ficou por dois dias em Paris. Beto Richa e a esposa, Fernanda Richa, se tornaram alvos de uma ação popular que cobrava o ressarcimento das diárias na França, pagas pelos cofres públicos. A condenação – determinando a devolução do dinheiro ao erário – foi confirmada por órgão colegiado em agosto de 2018.
Por causa disso, em 2018, o Ministério Público Eleitoral (MPE) alegou que Beto Richa estaria inelegível. Mas a contestação do MPE à candidatura do ex-governador do Paraná nem chegou a ser analisada pela Justiça Eleitoral. Em 11 de outubro de 2018, o desembargador Gilberto Ferreira, do Tribunal Regional Eleitoral, arquivou o caso sem análise de mérito, já que o tucano não tinha sido eleito nas urnas, quatro dias atrás. Ou seja, segundo Ferreira, não havia mais motivo para deliberar se a candidatura atenderia ou não as condições de elegibilidade.